Cidades

Coleta de DNA para encontrar desaparecidos será realizada no Rio

Todo o trabalho vai seguir os protocolos de segurança e distanciamento adotados por conta da pandemia de Covid-19. Foto: Rafael Campos/Governo do Estado

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPOL), por meio do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), realiza nesta semana um mutirão para coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. A expectativa é mais que dobrar o banco de perfis genéticos do Rio de Janeiro voltado para a busca de desaparecidos, que hoje conta com 1280 amostras. O trabalho faz parte de uma campanha nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Podem participar da campanha pais, filhos e irmãos de mesmos pai e mãe de desaparecidos. As coletas serão realizadas de hoje (14) até sexta-feira (18) em 13 postos espalhados por todas as regiões do estado.

A coleta é bem simples e indolor, feita passando na parte de dentro das bochechas do familiar, uma espécie de suporte contendo uma pequena esponja na extremidade (semelhante a um “cotonete”). Todo o trabalho vai seguir os protocolos de segurança e distanciamento adotados por conta da pandemia de Covid-19.

O banco de perfis genéticos do IPPGF existe desde 2012 e é uma referência no Brasil, contribuindo com cerca de 26% das amostras coletadas de familiares no Banco Nacional. Foi no banco Estadual que ocorreu, em 2013, o primeiro “match” do país, ou seja, a primeira vez em que um material genético depositado no banco de DNA conseguiu identificar um corpo como sendo o de uma pessoa desaparecida através de um sistema informatizado (CODIS/FBI).

Toda vez que há um corpo não identificado em um exame genético realizado pelo IPPGF, o seu DNA é comparado semanalmente aos perfis genéticos de familiares que já estão no banco. Isso aumenta a chance de chegar à identidade da pessoa falecida e ajudar a família a entender o que aconteceu com ela. A busca de pessoas desaparecidas não fica restrita somente às amostras coletadas no Rio de Janeiro, pois há uma Rede Nacional Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG/MJSP) que permite a comparação com amostras e familiares de outros Estados do Brasil. Com a campanha, mais famílias poderão ser beneficiadas pelo trabalho do IPPGF e de seus parceiros em outros estados.

Em geral, as coletas são feitas por encaminhamento das delegacias, após o registro de desaparecimento. Para a campanha, porém, isso não será obrigatório. Qualquer pessoa com um familiar desaparecido poderá procurar os postos. Neles, haverá policiais civis fazendo o acolhimento e, se o registro ainda não tiver sido feito, os agentes auxiliarão encaminhando as pessoas às delegacias mais próximas.

Pontos de coleta

Rio de Janeiro

  • - Cidade da PolíciaAv. Dom Helder Câmara, 2066 - Benfica
  • - PRPTC Campo GrandeEstrada do Mendanha, 1672 (fundos) - Campo Grande

Angra dos Reis:

- PRPTC Angra dos Reis
Rodovia Governador Mário Covas, Km 504 - Bracuí

Araruama:

- PRPTC Araruama
Rua Bernardo Vasconcelos, 755 - Centro

Campos dos Goytacazes:

- PRPTC Campos dos Goytacazes
Avenida XV de Novembro, 799 - Caju

Duque de Caxias:

- PRPTC Duque de Caxias
Rua Ailton da Costa, s/n - Vinte e Cinco de Agosto

Itaperuna:

- PRPTC Itaperuna
Rodovia BR 356, s/n - Cidade Nova

Macaé:

- PRPTC Macaé
Avenida Aluísio da Silva Gomes, 100 - Novo Cavaleiros

Niterói:

- PRPTC Niterói
Travessa Comandante Garcia Dávila, 51 - Santana

Nova Friburgo:

- PRPTC Nova Friburgo
Avenida Presidente Costa e Silva, 834 - Centro

Nova Iguaçu:

- PRPTC Nova Iguaçu
Rua Edna, s/n, Posse

Petrópolis:

- PRPTC Petrópolis
Rua Vigário Correa, 1345 - Correas

Volta Redonda:

- PRPTC Volta Redonda
Avenida Paulo Erlei Abrantes, 1325, Três Poços

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